Águas Revoltas

Águas Revoltas
Para lá do Horizonte...Somewhere over the rainbow....

segunda-feira, 22 de março de 2010

INVERSÃO DE VALORES

CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um noticiário na TV:

De mãe para mãe...

'Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão de Custoias para outra dependência prisional em Lisboa.


Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.


Vi também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...


Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.

Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...

Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.


No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !
!!

terça-feira, 2 de março de 2010

É sempre assim...



É sempre assim...

e de repente tudo muda, e o que fazia sentido já não faz mais,

É sempre assim,

E é difícil fazer com que (elas as pessoas que gostam da gente) entendam que devem descobrir e compreender sozinhas como devem agir, pedir, conversar.

E imagine que tudo ficaria tão fácil se houvesse mais diálogo,


É sempre assim,

Tudo começa sem rumo, sem direção aparente, e quando nos damos conta já estamos envolvidos de tal forma que não conseguimos mais nos soltar.

E imagine quão bom seria se, se acreditasse...

Se conseguisse vencer este mar de insegurança que nos envolve,

Se olhasse para os lados e percebesse que não á ninguém a não ser nós.

Mas é sempre assim,


As coisas que poderiam ser perfeitas se tornam complicadas


E geralmente achamos que somos incompreendidos

E quando nos damos conta


O que ainda poderia ser resolvido facilmente agora ficou mais difícil.

E enquanto não acharmos alguém compatível com este sentimento


Continuaremos a busca pela felicidade,


Contudo quem não consegue mudar

Pode tentar se acostumar com tudo o que já esta acontecendo.

Mas é sempre assim, queremos e não queremos,


Quando não podemos, queremos,


Quando não queremos, podemos.